Os guardas prisionais da cadeia de Custóias, em Matosinhos, vão avançar com uma greve. O pré-aviso dá conta de paragens em dois períodos: de 20 e 26 deste mês e de 30 e 5 de janeiro. Em causa estão vários motivos, que passam pela insuficiência de medidas contra a Covid-19 e a falta de recursos e meios humanos. "Este é um grito de revolta porque estamos completamente esquecidos, não só nós aqui nesta cadeia, mas os serviços prisionais de uma forma geral, nomeadamente no que diz respeito às medidas. Nos hospitais e lares exigem um teste negativo e aqui nada", disse Tiago Pinto, delegado sindical.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional esteve reunido esta quinta-feira em plenário com os trabalhadores. Foi dado a conhecer que algumas medidas vão voltar a ser implementadas nas prisões : serão colocados acrílicos nas visitas e suspensas as visitas íntimas. "Isto não chega, aqui nesta cadeia não existem meios por exemplo para se verificar se os certificados digitais são válidos", afirmou Carlos Sousa, presidente do Sindicato.