O epicentro do protesto foi a avenida dos Aliados, Porto, onde os manifestantes se deveriam concentrar. No entanto, apesar do barulho ensurdecedor das buzinas, durante a tarde, os veículos que passaram pelo local estiveram muito longe dos números da organização. Para tal, segundo os manifestantes, contribuiu a acção policial.
"A PSP esteve a cortar o acesso à avenida dos Aliados e noutros pontos da cidade desviaram o trânsito, o que fez com que muitos não passassem aqui", disse ao CM Valdemar Madureira, da Comissão de Utentes do Grande Porto.
O CM acompanhou a saída dos manifestantes da Póvoa do Varzim, onde pouco mais de trinta carros se juntaram. "Tenho de fazer a viagem Póvoa-Mindelo quatro vezes por dia, porque tenho a minha filha de 24 anos que é deficiente e venho deixá-la num centro. Isto representa um grande aumento de encargos e não há alternativas. Sentimo-nos enganados pelo Governo", disse aoCM Miguel Vital .
No mesmo local também, o funcionário de uma transportadora de alimentos não continha a sua indignação. "Alternativas? Claro que não há, isso não é solução", disse José Augusto Rodrigues.
Até quem não anda de carro se juntou ao protesto. "Vim cá pelos meus filhos, que andam todos os dias na A28. Com o aumento do gasóleo, torna-se muito difícil aguentar", disse Lázaro Silva.
CONSEQUÊNCIAS
FECHO
O proprietário de uma empresa de Ponte de Lima ligada ao comércio e distribuição de carne, com 50 trabalhadores, garantiu que fechará portas se forem implementadas portagens na A28. A empresa pagaria cerca de 30 mil euros por mês em portagens.