O desmantelamento pela Polícia Judiciária de uma base logística da Resistência Galega, esta segunda-feira em Coimbra, não é absolutamente surpreendente.
As suspeitas das ligações a Portugal daquele aglomerado de grupos independentistas, que o Estado espanhol colocou na lista das organizações terroristas, são conhecidas desde há muito.
Em 2013, a polícia espanhola descobriu um arsenal de pistolas que o grupo que reivindica a independência da Galiza terá comprado no mercado negro português.
A transacção terá sido feita por Antón García Matos (conhecido por ‘Toninho’) e María Asuncíon Losada Camba, os cabecilhas da organização terrorista detidos em meados no ano passado após suspeitas de se terem refugiado em Portugal.
A detenção de ambos terá sido o golpe final no grupo que durante 14 anos cometeu 43 atentados com destruição e intimidação sem que, no entanto, tenham causado quaisquer mortes. O último atentado do grupo registou-se em Baralla, em 2014.