A Polícia Judiciária realizou esta quinta-feira uma operação policial de buscas domiciliárias e não domiciliárias, nas localidades de Chaves, Vila Real, Barcelos, Braga, Vila Nova de Famalicão, Maia, Fafe, Porto e Figueira da Foz.
Numa conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, as autoridades informaram que os suspeitos utilizaram, durante anos, dinheiros públicos de fundos europeus para benefício de particulares através de subsídios e faturas falsas.
De acordo com a Polícia Judiciária, "uma pessoa particular com gabinete de contabilidade tinha facilidade em obter apoios a nível do turismo rural, restauração e bares", entregando depois o dinheiro a várias pessoas.
Foram constituídos 31 arguidos singulares e 20 pessoas coletivas.
As buscas da operação "Chave Mestra" decorreram "em empresas, gabinetes de contabilidade e um escritório de advogado, com participação de 200 elementos da Polícia Judiciária, incluindo da perícia informática e financeira, bem como magistrados judiciais e do Ministério Público e inspetores tributário, tendo com esta esta operação sido possível proceder à apreensão de relevantes elementos de prova", informou a PJ em comunicado.
Em causa estão os crimes de fraude na obtenção de subsídio e fraude fiscal de fundos europeus, envolvendo 21 projetos de incentivo, no âmbito do Quadro Comunitário, do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e do MODCOM (Modernização do Comércio), em montante superior a 2.500 milhões de euros.