A suspeita de homicídio, Ana Cristina, de 52 anos, o marido, de 58 anos, e a filha, Esmeralda, de 38, já chegaram, esta sexta-feira, ao tribunal para serem presentes a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Setúbal, no caso da morte de Jéssica, de três anos, vítima de alegados maus-tratos em Setúbal.
Os três detidos, indiciados pelos crimes de ofensa à integridade física grave, homicídio qualificado e extorsão e rapto da menina, estiveram a tarde toda nas instalações da Policia Judiciária.
A mãe de Jéssica, Inês,
confirmou ao CM que pediu que Ana Cristina (conhecida como Tita) que fizesse bruxaria para que o companheiro, Paulo, não a deixasse.
"Ela ameaçava-me todos os dias. Ela dizia que me matava a mim e à minha filha. Eu tive medo de contar. Não contei nem ao Paulo nem à minha mãe. Eu sofri muito", afirmou Inês, que deveria à mulher mais de 500 euros.
O padrasto de Jéssica confirmou ao
CM que tinha intenções de acabar a relação com Inês e que já lhe "tinha pago uma dívida de 200 euros a outra cigana". "Eu não sabia nada disto. Fui enganado. Só soube ontem. A Inês contou tudo ontem à PJ. Eles já tinham as provas tudo", revelou o padrasto da menina.
A menor foi levada à força para a casa da família da suspeita de homicídio, que acabou detida esta quarta-feira à noite. Tudo se descontrolou e, por falta de pagamento, a menina foi raptada. Jéssica acabou torturada durante cinco dias.