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Multidão insulta suspeitos da morte de Jéssica à saída da PJ de Setúbal para serem ouvidos em tribunal

Estão indiciados pelos crimes de ofensa à integridade física grave, homicídio qualificado e extorsão e rapto da menina.
Correio da Manhã 24 de Junho de 2022 às 08:35
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Multidão insulta suspeitos da morte de Jéssica à saída da PJ de Setúbal para serem ouvidos em tribunal
A suspeita de homicídio, Ana Cristina, de 52 anos, o marido, de 58 anos, e a filha, Esmeralda, de 38, já chegaram, esta sexta-feira, ao tribunal para serem presentes a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Setúbal, no caso da morte de Jéssica, de três anos, vítima de alegados maus-tratos em Setúbal.

Os três detidos, indiciados pelos crimes de ofensa à integridade física grave, homicídio qualificado e extorsão e rapto da menina, estiveram a tarde toda nas instalações da Policia Judiciária.

A mãe de Jéssica, Inês, confirmou ao CM que pediu que Ana Cristina (conhecida como Tita) que fizesse bruxaria para que o companheiro, Paulo, não a deixasse.

"Ela ameaçava-me todos os dias. Ela dizia que me matava a mim e à minha filha. Eu tive medo de contar. Não contei nem ao Paulo nem à minha mãe. Eu sofri muito", afirmou Inês, que deveria à mulher mais de 500 euros.

O padrasto de Jéssica confirmou ao CM que tinha intenções de acabar a relação com Inês e que já lhe "tinha pago uma dívida de 200 euros a outra cigana". "Eu não sabia nada disto. Fui enganado. Só soube ontem. A Inês contou tudo ontem à PJ. Eles já tinham as provas tudo", revelou o padrasto da menina.

A menor foi levada à força para a casa da família da suspeita de homicídio, que acabou detida esta quarta-feira à noite. Tudo se descontrolou e, por falta de pagamento, a menina foi raptada. Jéssica acabou torturada durante cinco dias.
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