Os Estados Unidos da América, em cooperação com outros países e sob regras rígidas, devem estudar a possibilidade de arrefecer o planeta, através de geoengenharia solar, segundo o relatório divulgado pela ‘National Academy of Sciences’ (NAS).
O procedimento centra-se na adição de partículas refletoras à atmosfera superior, de forma a devolver o calor transmitido pelo Sol ao espaço. Os responsáveis pelo desenvolvimento desta técnica alertam que estes estudos não inviabilizam o esforço a ser mantido na necessidade de diminuir a emissão de gases carbónicos para a atmosfera. Aliás, as pesquisas de geoengenharia podem a qualquer momento ser suspensas, se se manifestarem um perigo para o meio ambiente.
Um estudante de política das ciências e tecnologias no Instituto Indiano de Delhi, Ambuj Sagar, disse: "Não se pode fazer política climática sem pensar em geoengenharia e, quanto mais nos dedicamos a isso, mais complexo fica. Isso levanta todo o tipo de questões com política internacional e governos."
O relatório da NAS recomenda um investimento na pesquisa de 100 a 200 milhões de dólares (85 a 170 milhões de euros) para os próximos cinco anos. Por enquanto, o documento revela que é necessário perceber se a geoengenharia solar é compatível com todas as opções para responder às mudanças climáticas.