Em comunicado, a Comissão informa que o padre em causa "exerceu o seu ministério nesta diocese [Lisboa] e que está, atualmente, incardinado (transferido de diocese) na diocese de Vila Real, de onde é natural".
"A denúncia foi dada a conhecer ao bispo daquela diocese, que informou ter iniciado uma investigação prévia e feito a comunicação às autoridades judiciais competentes", acrescenta o documento.
No mesmo comunicado, a Comissão de Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa, coordenada pelo bispo Américo Aguiar, assegura que "prossegue o seu trabalho, mantendo uma total disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes e tendo sempre como prioridade o apuramento da verdade e o acompanhamento das vítimas".
Esta informação surge num momento em que, pelos últimos dados conhecidos, a Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa validou já mais de uma centena de testemunhos, que contêm "momentos de profunda dor e sofrimento", como revelou o seu coordenador, o pedopsiquiatra Pedro Strecht.
Entretanto, a CEP espera ter constituído antes da Assembleia Plenária de abril o grupo coordenador nacional das comissões diocesanas de proteção de menores e adultos vulneráveis.
A constituição deste grupo, que foi anunciado em outubro de 2021, é distinta da Comissão Independente liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht.
Este grupo coordenador, cuja constituição tem sido atrasada devido à situação pandémica, terá como objetivo definir critérios e procedimentos comuns às 21 comissões diocesanas, bem como prestar-lhes apoio, nomeadamente na gestão da informação, informou o secretário da CEP, padre Manuel Barbosa, no final da reunião do Conselho Permanente da Conferência de dezembro.
Quanto à constituição do grupo que fará a coordenação das 21 comissões diocesanas, Manuel Barbosa disse que já existem "alguns nomes" equacionados, mas "não está ainda nada definido".