Os sinais são contraditórios na Grande Lisboa, que a partir de quarta-feira merece medidas adicionais para controlo da pandemia. No mesmo dia em que o secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu que "não há sobrecarga" das Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) de Lisboa, o diretor clínico do Hospital de Santarém, Paulo Sintra, admitiu a entrada naquela unidade hospitalar de quatro doentes com Covid-19 provenientes do Hospital Amadora-Sintra, por manifesta "falta de capacidade" deste no acolhimento de novos pacientes. De acordo com os dados ontem divulgados por Lacerda Sales, Lisboa tem uma taxa de ocupação em UCI de 66%, idêntica à do resto do País, apesar do aumento do número de casos na região.
"Mesmo que algumas imagens possam transmitir a ideia de que temos comboios sobrelotados, a verdade é que o número de lotação dos comboios está muito abaixo do 1/3 em média, com poucos comboios perto dos 2/3", afirmou também o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, recusando associar a subida aos transportes públicos. O novo regime contraordenacional, em vigor desde sábado, estabelece multas mais pesadas para quem não usar máscaras em espaços fechados e locais públicos, nomeadamente em transportes públicos, entre outras medidas. Mas nem a resolução reanima o setor têxtil.
SAIBA MAIS
97
anos é a idade do doente mais velho. Foi transferido do Hospital Amadora-Sintra para o Hospital de Santarém. É a 1ª vez que acolhe doentes de outros hospitais desde o início da pandemia.
Transportes sem aumento
O Governo garante que a CP não tem capacidade para aumentar o número de comboios na região, mas estuda a possibilidade de alterações de horários.
Equipas no terreno
Mais de 100 médicos vão mapear doentes na região. Equipas no terreno reforçam vigilância.