A ativista indígena Samela Sateré-Mawé que acusou Portugal de ter um "dívida histórica" com os povos nativos do Brasil, face ao período dos descobrimentos, foi bastante criticada após a entrevista que deu à agência Lusa.
Samela optou por se defender usando as redes sociais, nomeadamente o Twitter, e afirmou: "
Meu ativismo não é contra Portugal". A jovem brasileira acusou ainda as pessoas de terem preguiça de ler a aconselhou: "[É preciso] criar o hábito de ler".
A ativista questiounou ainda se estava errada no que havia dito e acrescentou: "Eu adoro quando macho analfabeto intelectual vem me peitar".
Recorde-se que Samela apontou que os jovens portugueses têm a oportunidade de fazer a diferença face à "dívida histórica".
"Queria falar para o pessoal de Portugal que nós, povos indígenas, continuamos a resistir desde a invasão em 1500, há cerca de 520 anos, mas as pessoas têm agora uma oportunidade de fazer a diferença, no presente" disse a ativista de 24 anos, da etnia Sateré-Mawé, que se tornou numa das vozes femininas mais promissoras do ativismo indígena e ambiental brasileiros.
"O passado já passou, mas há a oportunidade de fazer diferente agora. Então, os jovens (portugueses) precisam de ser mais ativos, lutar pelas causas ambientais e pelos direitos dos povos indígenas", apelou Samela, que é membro do movimento estudantil 'Friday´s for Future' e da campanha SOS Amazónia.
A jovem indígena
faz questão de recordar o sofrimento dos seus antepassados, que, a partir do contacto com os europeus, principalmente portugueses, devido à intensa exploração e ao avanço sobre os territórios brasileiros, foram dizimados.