O restaurante Lapo, que se recusou a fechar apesar da ordem de encerramento decretado pelo Governo no âmbito do Estado de Emergência, organizou esta quarta-feira um protesto, cerca das 18h00, junto às suas instalações.
Numa altura em que Portugal enfrenta a terceira, e pior, onda desde o início da pandemia, dezenas de pessoas compareceram no local, muitas delas sem máscaras, contrariando as regras em vigor para travar o avanço da Covid-19.
A manisfestação foi divulgada na rede social do espaço e a publicação foi alvo de várias críticas por incumprimenro das regras, mas também várias pessoas a assumir-se contra as regras impostas e outras ainda a negarem que exista uma pandemia.
Em imagens partilhadas nas redes sociais do próprio espaço, que foram entretanto eliminadas, dezenas de pessoas mostram-se à porta do restaurante a protestar, a maioria sem máscara e sem distanciamento físico. Nas imagens veem-se ainda vários agentes da PSP e algumas pessoas à conversa.
Horas antes do protesto, os donos do Lapo tinha partilhado uma publicação intitulada "Como proceder no caso de fiscalização policial por não cumprimento do dever de recolhimento domiciliário".
O protesto aconteceu no dia em que Portugal bateu mais um recorde de mortes, 293, um número cada vez mais próximo das 300 mortes diárias. Os hospitais vivem ainda dias difíceis a terem que lidar com mais de seis mil internamentos, 783 deles em Unidades de Cuidados Intensivos.
A PSP acompanhou o protesto organizado, pelas 18h00 desta quarta-feira, pelos donos do restaurante 'Lapo', no Bairro Alto, em Lisboa.
Fonte oficial do Comando de Lisboa disse ao
CM que estiveram no local entre 20 a 30 pessoas. Os agentes elaboraram um processo-crime aos promotores do protesto, por não terem criado condições para a observância do distanciamento social durante o evento.
Em paralelo, acrescenta o mesmo responsável, foi feita participação ao Ministério Público para abertura de uma inquérito-crime ao casal de empresários, pelo crime de desobediência cívica.