Na qualidade de cirurgiã plástica, Ana Silva Guerra passa muitas horas no bloco operatório, com a máscara. Tendo experimentado os malefícios do uso prolongado das máscaras sanitárias, agora obrigatórias, recomenda aos leitores que protejam a pele. Porque há muito a fazer.
CM – O uso intensivo de máscaras de proteção é mau para a nossa pele? Ana Silva Guerra – Um estudo recente publicado na Revista da Academia Americana de Dermatologia mostrou que 97% dos profissionais de saúde em Hubei (China) desenvolveram problemas cutâneos em virtude do uso constante de material de proteção individual: pele seca, hipersensibilidade, agravamento do acne, comichão, descamação, vermelhidão e, por vezes, pequenas pápulas surgiam.
– O que desencadeia esses problemas? - Está relacionado com o efeito oclusivo que a máscara tem na pele – os folículos pilosos ficam bloqueados, o simples contacto da máscara na pele pode causar irritação pelo tipo de materiais constituintes e, por fim, a humidade da respiração, a saliva causa uma inflamação/irritação em redor da boca que pode estender-se ao queixo e sulcos entre o nariz e o lábio.
– O que podemos fazer para evitar esses efeitos? – Medidas simples, mas eficazes, podem minimizar os sintomas e ajudar-nos a ultrapassar esta fase. Antes de mais, proceder a uma limpeza eficaz da pele. Manter a pele limpa e hidratada é essencial. Não usar maquilhagem: se vamos usar máscara não há motivo para maquilhar a região que vai estar tapada. Perante uma dermatite perioral ou um agravamento do acne, o aconselhamento médico deve ser ponderado.
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