Dor de cabeça intensa e prolongada, normalmente durante a noite, falta de força num braço e alteração do comportamento são alguns dos sintomas de quem tem um tumor no cérebro. Se for grave e maligno, a esperança média de vida varia entre os seis meses e os dois anos, segundo os especialistas.
"Não são os tumores mais frequentes, mas são terríveis. Há tumores primitivos, que são raros, e têm origem nos tecidos do cérebro. Mas os mais frequentes são as metástases de outros cancros, como o da mama ou próstata", explica ao CM Mamede Carvalho, neurologista do Hospital de Santa Maria (Lisboa).
PORMENORES
Cérebro - O cérebro é uma massa de tecido mole e esponjoso. Encontra-se protegido pelos ossos da caixa craniana e por três membranas muito finas designadas por meninges.
Cerebelo - O cerebelo situa-se na parte posterior do cérebro. O cerebelo controla o equilíbrio, bem como ações mais complexas, como andar e falar.
Tronco cerebral - O tronco cerebral liga o encéfalo à espinal medula. Controla a fome, a sede, a respiração, a temperatura corporal, a pressão arterial e outras funções básicas do corpo.
SEGUNDO MAIS FREQUENTE NAS CRIANÇAS
Os tumores cerebrais são o segundo tipo de cancro mais frequente nas crianças. A leucemia lidera o pódio: é o cancro mais frequente na infância. Segundo os médicos especialistas, os tumores cerebrais são mais frequentes em crianças com menos de oito anos.
ANTECEDENTES FAMILIARES SÃO FATORES DE RISCO
Antecedentes familiares são um dos fatores de risco associados a uma probabilidade acrescida de desenvolver um tumor cerebral primário. As pessoas com familiares com gliomas podem ter maior probabilidade de ter esta doença.
JOVEM LUTA CONTRA TUMOR
Fábio Paredes, de 24 anos, luta contra um tumor no cérebro, inoperável, diagnosticado em julho do ano passado. Desequilíbrios, falta de força, flashes de luz no olho esquerdo e cansaço foram alguns dos sintomas. "Os médicos disseram logo que era grave. Depois de tratamentos de quimioterapia e radioterapia, disseram-nos que havia pouco mais a fazer", refere o pai, Artur.
A vida do jovem, residente na Amadora, mudou em poucos meses. "O meu filho não fala, não come sozinho e está preso a uma cama", lamenta Artur. A família levou o jovem à Alemanha para tratamentos. Mas nem tudo foi como esperado. "Ele foi internado em março devido a uma hemorragia cerebral. O médico deu-lhe horas de vida e disse que já não havia nada a fazer. Certo é que ele ainda está cá", conta Artur. O jovem espera por uma ressonância magnética para avaliar o estado de saúde.