A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito ao primeiro episódio de ‘Supernanny’. Em causa estão, segundo o Ministério Público (MP),"factos suscetíveis de integrarem o crime de desobediência". Tudo porque a SIC não retirou do ar as imagens do capítulo de estreia, protagonizado por Patrícia Mateus e a filha, Margarida, 7 anos.
Na passada quinta-feira, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Loures, a pedido da mãe da criança, deu 48 horas à SIC para deixar de emitir as imagens protagonizadas pela família Mateus, ou seja, o episódio e todos os vídeos promocionais e repetições do programa na televisão, internet, plataformas de streaming ou redes sociais. Como as imagens não foram retiradas, o MP foi chamado a intervir.
Contactada pelo
CM, a SIC recusou, para já, fazer quaisquer comentários.
Entretanto, a presidente da CPCJ, Rosário Farmhouse, anunciou que os pais das crianças de ‘Supernanny’ que não aceitarem ser ouvidos nas CPCJ da área de residência terão os seus casos reencaminhados para o MP, o que poderá também resultar na abertura de mais inquéritos.
Na sequência da polémica que se instalou nos últimos dias sobre o formato da SIC, as famílias apresentadas nos dois primeiros programas foram ouvidas nas CPCJ de Loures e de Sintra, respetivamente.
O objetivo é avaliar as situações em causa e sensibilizar os progenitores para a exposição pública a que estão sujeitos os seus filhos.