Sede da mais antiga diocese portuguesa, Braga foi fundada pelo imperador romano César Augusto, mas cresceu, ao longo dos séculos, ao ritmo da cristianização do território. O centro histórico é composto, sobretudo, por edifícios dos séculos XVII, XVIII e XIX, mas mantém notáveis marcas bimilenares, como as Termas Romanas da Cividade ou a Fonte do Ídolo.
Mas foi no século XI, ainda antes da nacionalidade, que Braga se afirmou no contexto ibérico, com o bispo D. Pedro a mandar construir a Sé e a primeira muralha.
Numa visita à Torre Medieval de S. Tiago, fica-se com uma ideia concreta da evolução histórica da cidade, com os quatro pisos divididos pelos períodos fundamentais, do romano aos nossos dias.
Obrigatória é também a passagem pela catedral, a primeira sé a ser construída em território nacional e que conta muita da História da cidade e não apenas da Igreja. É lá que estão sepultados D. Henrique e Dona Teresa, pais de D. Afonso Henriques.
Mas Braga é hoje uma cidade dominada, em termos arquitetónicos, pelo barroco. Por um lado, o grande crescimento da cidade ocorreu em meados do século XVI, por determinação do arcebispo D. Diogo de Sousa, altura em que foram construídas grandes praças e edifícios, civis e religiosos, e, por outro, sofreu forte influência de dois grandes arquitetos do barroco: André Soares e Carlos Amarante.
Uma subida ao Bom Jesus permite a contemplação do templo e do monumental escadório, assim como uma viagem no centenário elevador funi- cular, um dos dois únicos no Mundo a funcionar, movido pelo contrapeso da água.
Regressando ao centro da cidade, somos convidados a tomar um café na Brasileira, que tem as portas abertas desde o século XIX, e a saborear um Bacalhau à Braga na cinquentenária Tasca D. Ferreira, na rua de S. Vicente. Há ainda os cafés históricos da Arcada, na Praça da República, ou as célebres Frigideiras do Cantinho, celebrizadas por escritores como Júlio Dinis ou Camilo Castelo Branco.
Mas Braga não é apenas passado. É lá que está sediada uma das mais conceituadas universidades ou o moderníssimo Centro de Nanotecnologia. E não deve deixar de apreciar-se a notável obra de arquitetura que é o Estádio Municipal.