Até 7 de maio estão a decorrer em Lisboa, e noutras localidades, os World Firefighters Games 2022, que juntam cerca de 2500 participantes de mais de 50 países. Este acontecimento bienal, dedicado aos bombeiros, pessoal dos serviços de emergência e seus familiares, conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Criado em 1990, na Nova Zelândia, este evento tem o desporto como principal motor para celebrar e prestar tributo a estes profissionais, e já passou por cidades como Las Vegas, Durban, Hong Kong, Liverpool, Sydney ou Chungju. Este ano, Portugal tem a honra de receber este evento, coincidindo com as celebrações do Dia Internacional do Bombeiro a 4 de maio.
A cerimónia de abertura teve lugar no Estádio Universitário de Lisboa, em ambiente de festa e de reencontro depois de quatro anos de interrupção por causa da pandemia. “Foram quatro longos e árduos anos desde a última edição, mas agora estamos em Lisboa”, referiu John Hartley, diretor executivo dos World Firefighters Games, no seu discurso de abertura, em que sublinhou “não se trata apenas de jogos, mas de fazer amizades entre os bombeiros de todo o mundo e as famílias que os acompanham”. Nesta cerimónia, além do tradicional desfile das equipas participantes, vindas de todo o mundo, houve festa com música ao vivo, uma atuação d’Os Bombos (grupo jovem de percussão e gaita de foles), e incríveis demonstrações de perícia e técnica com trial bikes, pelos campeões nacionais da modalidade.
Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa
No encerramento da cerimónia de abertura, o Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, deixou uma mensagem de boas-vindas a todos os participantes, em especial aos bombeiros portugueses: “Eu saúdo o vosso empenho, a vossa coragem, a vossa abnegação, a vossa dedicação, o vosso incessante espírito solidário que faz jus ao lema ‘Vida por vida’. Para a cerimónia de abertura dos jogos, estiveram presentes na bancada do Estádio Universitário de Lisboa o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas; o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o brigadeiro-general Duarte Lopes; o vereador da Proteção Civil de Lisboa, Ângelo Pereira; o comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros tenente-coronel, Tiago Lopes; e o reitor da Universidade de Lisboa, Luís Manuel dos Anjos Ferreira, bem como embaixadores e corpo diplomático de vários países, comandantes de corporações e elementos da direção dos bombeiros nacionais.
Em declarações, o presidente da Câmara de Lisboa sublinhou a importância destas “extraordinárias forças da paz” e destes jogos, realçando que “os nossos bombeiros devem ser valorizados, e essa valorização passa também por estes encontros internacionais, por este intercâmbio de experiências entre tantos países”. O autarca sublinhou como ser bombeiro é uma profissão extraordinária: “É quando damos a nossa alma aos outros, é quando damos aquilo que somos para salvar os outros, e isso é algo que devemos valorizar muito.” Para Carlos Moedas, “termos aqui todas estas pessoas de tantas nacionalidades é motivo para lhes agradecer e para lhes dizer que são importantes, que estou do lado delas”.
O Estádio Universitário de Lisboa está a ser o palco da maioria das competições desportivas, mas diversas provas decorrem em Oeiras, Almada, Vila Franca de Xira, Cadaval e Figueira da Foz. Os participantes competem em 37 provas em desportos como tiro com arco, futebol, basquetebol, ciclismo, natação, atletismo, e participam em desafios como “O Bombeiro Mais Forte do Mundo”, o ex-líbris deste evento, uma prova que acontece no complexo da Lisnave graças ao empenho da Câmara Municipal de Almada.
John Hartley, diretor executivo dos World Firefighters Games
Quem visitar o recinto dos jogos pode, ainda, contar com uma feira dedicada aos bombeiros e aos serviços de Proteção Civil, com expositores comerciais, institucionais, e com espaços temáticos destinados à sensibilização do público em geral para o combate e prevenção dos incêndios.
Este evento é organizado pela OSIRIS – agência de viagens e de eventos que cria experiências exclusivas à medida. Segundo Ricardo Ferreira, CEO da OSIRIS, o grupo “trouxe o evento (para Portugal), organizou as provas, fez a divulgação mundial, e desenvolveu a promoção nacional num trabalho feito em articulação com a Escola Nacional de Bombeiros, com a Liga de Bombeiros e com a própria Proteção Civil”. Além do impacto económico positivo deste evento e da especial importância que assume num período pós-pandémico, na opinião de Ricardo Ferreira o seu legado vai mais além, pois “permite-nos ver os bombeiros como uma comunidade que tem um papel transversal muito amplo, desde o combate aos incêndios até às missões de solidariedade”. E se o desporto, a partilha de experiências, o companheirismo e o convívio adjetivam a 14ª edição deste evento, o mais importante, como referiu o diretor executivo dos jogos, John Hartley, “é que levem para casa boas memórias, não só das competições, mas também de Lisboa e de Portugal”.