A Câmara Municipal de Odivelas apresentou esta semana, o Estudo Prévio do Novo Parque da Cidade que irá nascer nas imediações do Mosteiro de Odivelas. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, este novo Parque da Cidade constitui a concretização de um sonho antigo e integra o projeto de revitalização do Mosteiro de Odivelas, tendo sido uma das propostas mais votadas na consulta pública que foi realizada. "Este é o primeiro passo de um ambicioso projeto que muito nos orgulha e que irá reforçar ainda mais a qualidade de vida no nosso concelho", afirma o autarca.
Investimento de 11 milhões
Pelas várias valências que apresenta, Hugo Martins acredita que este parque será "uma referência na Área Metropolitana de Lisboa a nível cultural, artístico, de lazer, saúde e bem-estar e também de desenvolvimento económico". O novo Parque da Cidade custará ao município de Odivelas cerca de 11 milhões de euros, sendo que parte deste investimento será apoiado por candidaturas a fundos nacionais e comunitários. A obra deverá estar concluída no final de 2023. O nome do novo Parque da Cidade será escolhido pelos munícipes, num concurso de ideias que a autarquia planeia dinamizar a breve prazo.
Um espaço verde com raízes históricas
Com oito hectares, o novo Parque da Cidade terá três portas de acesso pedonal e incluirá uma praça de restauração, um grande palco para eventos, um lago, piscinas, pontes suspensas, cascatas e 435 lugares de estacionamento, num espaço que concilia o património histórico do Mosteiro de Odivelas, que remonta ao século XIII, com as novas componentes lúdica, de saúde e bem-estar. "Apesar do investimento realizado nos últimos anos na criação de parques e jardins, não temos no município uma zona verde com estas características", assegura o presidente da Câmara Municipal de Odivelas.
Os arquitetos Francisco Caldeira Cabral e Elsa Severino, responsáveis pelo projeto, consideram que a reabilitação dos centros históricos se faz "não só restaurando os seus edifícios patrimoniais, como também através da criação de novos usos para os espaços livres, que possam atrair a população para desfrutar do seu património histórico de uma forma dinâmica e atual". No caso concreto do Mosteiro de Odivelas, ambos encaram o espaço em causa como fundamental na estrutura verde do concelho. "A valorização da vegetação existente e a sua salvaguarda, bem como as novas plantações que permitirão aumentar a biodiversidade, irão criar um ecossistema mais sustentável", defendem os responsáveis pelo projeto.
Jardim da Princesa – Trata-se de um dos locais mais emblemáticos para quem vivenciou o mosteiro. A requalificação irá valorizar os seus elementos históricos, nomeadamente o pequeno templo e o tanque de rega com os seus ornamentos do século XVIII. Este jardim terá um caráter mais intimista e romântico e contará com uma entrada pedonal que permitirá um rápido acesso à Praça da Comida.
Claustro das Artes – A praça central contará com um edifício que será um local de encontro com as artes e os artistas, de forma a reforçar a ligação histórica e artística ao Mosteiro de Odivelas.
Mata do Rei – Ambiente natural com grande herança histórica para utilização como zona de passeio e da prática de exercício físico.
Vale – No término de um grande relvado, serão construídos um riacho com cascatas e um lago que, para além dos benefícios ambientais, permitirá aproveitar as águas subterrâneas para a rega do parque.
Passadiços e anfiteatro sobre a água – Ao longo do lago existirá um percurso em passadiço suspenso e na margem do lago existirão vários degraus que formarão um anfiteatro sobre a água.
Piscinas municipais – A piscina já existente será recuperada, estando projetada a construção de uma mais pequena para crianças, com zona de apoio, balneários e um café/esplanada.
Talude – Na outra margem do lago existirá um talude panorâmico que será uma continuidade do parque com os seus anfiteatros naturais, passeios pedonais e outros recantos de contemplação.
Grande palco – Na zona norte do grande relvado será construído um grande palco de 400 m2 com bancadas. Dado o seu caráter polivalente, poderá receber espetáculos mais intimistas ou grandes eventos para milhares de pessoas
Praça da Comida e zona de piqueniques – Praça de 2.500 m2 dedicada à restauração, com vários cafés e restaurantes, e uma zona com um conjunto de grandes árvores que contemplará um espaço para piqueniques.
Parque infantil – Ocupará um socalco natural existente junto à Praça da Comida, o que permitirá desfrutar deste espaço enquanto se observam as crianças no parque infantil.
Estacionamento – 435 lugares.