Ainda com tendência crescente, no grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o número de novos casos de infeção de Covid-19 por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 103 casos.
Quanto ao índice de transmissão, o R(t) apresenta valor igual ou superior a 1, indicando igualmente uma tendência crescente da incidência de infeções a nível nacional (1,15) e em todas as regiões. A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 240 casos em
14 dias por 100 000 habitantes possa ser ultrapassado em 15 a 30 dias.
Já p número internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência estável, correspondendo a 25% (na semana anterior foi de 29%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
A proporção de testes positivos para Covid-19 foi de 3,4% (na semana anterior foi de 2,8%), encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%. É de registar um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias.
A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 4,1% (na semana passada foi de 6,0%), mantendo-se abaixo do limiar de 10,0%.
Nos últimos sete dias, 95% dos casos de infeção por foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram
rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 97% dos casos.
A variante Delta continua a ser a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 99,7% dos casos avaliados na semana de 25 a 31 de outubro em Portugal.
Registaram-se 8 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes, o que sugere a interrupção da tendência decrescente da mortalidade que se vinha a observar. Esta taxa de mortalidade revela, no entanto, um impacto reduzido da pandemia na mortalidade geral.
"A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de Covid-19 de intensidade moderada, com tendência crescente a nível nacional. A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são reduzidos, mas com uma interrupção da tendência decrescente na mortalidade por COVID-19. O agravamento da situação epidemiológica na Europa e o aumento da intensidade epidémica em Portugal deve condicionar um aumento do nível de alerta do sistema de saúde para aumentos de procura de cuidados de saúde no próximo mês", pode ler-se na conclusão do relatório.