CM - O que sente ao voltar a Lisboa, três anos depois da sua última atuação?
Dianne Reeves - A sensação é muito boa, regressar a uma cidade que me recebeu tão bem na apresentação do álbum ‘When I Know’. O concerto no Centro Cultural de Belém foi muito bonito e muito emotivo.
Como carateriza o público português?
São muito entusiastas e têm um bom conhecimento do jazz contemporâneo. Tenho recordações ótimas do espetáculo de 2008 e da própria cidade.
O que vai apresentar quinta-feira no CCB?
Vou fazer uma pequena retrospetiva da minha carreira, mas o principal foco do concerto será em ‘Beautiful Life’, o meu novo disco.
Como define o novo trabalho?
É um álbum onde vou para lá do puro jazz, como já antes tinha feito nos discos anteriores. Nas minhas canções também entram outros estilos como rhythm & blues, soul, bossa nova e pop. Gostei sempre de variar estilos musicais; isso nunca foi um problema para mim.
E contou com vários amigos para construir as canções...
Sim, eles foram muito importantes para este trabalho. O meu primo George Duke, Esperanza Spalding (baixo), Gregory Porter (voz), Robert Glasper (piano)... foram tantas pessoas e todas elas foram muito especiais.
Que versões canta em ‘Beautiful Life’?
Canto duas canções novas – ‘Cold’ e ‘Satiated’ – e versões de ‘Waiting in Vain’, do Bob Marley, ‘I Want You’, do Marvin Gaye, ‘Dreams’, dos Fleetwood Mac... Quando encontro uma boa canção, principalmente de cantores que admiro, não tenho qualquer problema em fazer uma versão.
Está já a preparar algumas canções para novos discos?
Ainda é muito cedo, mas tenho em mente uma série de colaborações.
Prefere cantar em festivais de jazz para grandes audiências ou em salas mais pequenas e íntimas?
Nunca me incomodei muito com os espaços onde canto, porque são ambientes muito diferentes. O que realmente gosto é de estar em cima de um palco.