Escassos dois dias após a Sotheby’s ter anunciado vendas no valor de quase 50 milhões de euros, a arte contemporânea voltou a dar que falar. No domingo, a Christie’s consegue, também em Londres, superar a leiloeira ‘rival’ e registar vendas superiores a 56 milhões.
Confirmando a crescente valorização – em cerca de 5,5 por cento – da arte contemporânea, as vendas deste leilão de Outono atingiram o dobro das registadas no ano passado, em que chegaram aos 27 milhões de euros.
A estrela da hasta pública de domingo foi, então, ‘Study From The Human Body...’, obra pintada entre 1973 e 1974, oferecida pelo artista ao Real Colégio de Arte de Londres, em troca do aluguer de um estúdio. Razão porque o dinheiro arrecadado se destina à construção da nova sede da instituição.
Apesar de ter ficado aquém dos esperados 13 milhões de euros, a quantia é a quarta maior até hoje paga por um quadro de Bacon, o irlandês que morreu de ataque cardíaco em Madrid, em 1992. A sua tela recordista em leilão é ‘Study From Innocent X’, vendida no início deste ano em Nova Iorque pelo equivalente a 37, 30 milhões de euros.
WARHOL FICA POR VENDER
Além de Bacon, a Christie’s vendeu trabalhos dos norte-americanos Jeff Koons (‘Small Vases Of Flowers’ por 2, 26 milhões), Donald Judd (‘Untitled’, 1,9 milhões) e Richard Prince (‘Wayward Nurse’, 1,46 milhões).
No total, foram dez os artistas cujas obras bateram recordes: Shiro Kuramata, Scott Burton, Marc Nweson, Ron Arad, Jonathan Meese, Robert Longo, Olafur Eliasson, Anselm Reyle, Yin Zhaoyang e Carten Holler.
Todavia, a surpresa aconteceu com dois ‘pesos-pesados’ da arte contemporânea cujas obras não venderam – Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat – e com várias pinturas de Damien Hirts a serem arrematadas muito abaixo das somas previstas.
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