Alain Delon, de 86 anos, quer recorrer à eutanásia, caso as circunstâncias alguma vez o venham a exigir. A revelação foi feita à imprensa pelo filho do lendário ator francês, Anthony Delon, que adiantou que o pai já lhe pediu para começar a providenciar todo o processo. Recorde-se que Alain Delon, que foi um dos mais destacadas atores europeus e símbolo sexual nas décadas de 1960 e 1970, vive atualmente na Suíça, onde a morte assistida é legal.
Em entrevistas recentes, Delon já tinha afirmado que não hesitaria em recorrer à eutanásia se viesse a ser necessário. "Sou a favor porque acho que é a coisa mais lógica e natural de se fazer", declarou. "A partir de uma certa idade, de um certo momento, a pessoa tem o direito de sair tranquilamente, sem passar por hospitais, injeções e o resto."
Em 2017, o artista anunciou o fim da carreira como ator, aos 81 anos. Em 2019 sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e esteve internado três semanas. Na época chegou a afirmar aos jornalistas: "Envelhecer é uma m**** e não há nada que se possa fazer sobre isso. Muda o rosto, perde-se a visão, levantamo-nos e o corpo dói." No ano passado, a ex-mulher de Delon, Nathalie, com 79 anos, recorreu à eutanásia por causa de um cancro no pâncreas.
SISMO1957 Ano em que Alain Delon se estreou no cinema, com ‘Quand La Femme s’en Mele’, depois de uma infância difícil e de uma passagem pelo Exército.
InternacionalizaçãoO papel de Tom Ripley, em ‘Plein Soleil’ (1959), catapultou-o para a fama internacional mas gerou boatos sobre a sua sexualidade, por causa da amizade com o realizador René Clément. Em 1963 participou no filme ‘O Leopardo’, de Luchino Visconti. Em 1973, faz dueto com a cantora Dalida em ‘Paroles, Paroles’, que se torna um êxito mundial.