O preço de venda da pintura abstracta de Mark Rothko, literalmente denominada ‘Centro Branco (Amarelo, Rosa e Lavanda), significa não só um novo recorde para o artista – antes cifrado em 22,4 milhões de dólares (16,5 milhões de euros) – mas sobretudo sagra-o como o autor da pintura realizada após a Segunda Guerra Mundial (1950), mais valiosa de sempre. O quadro foi adquirido por um licitador anónimo e arrematado pelo telefone.
A obra, que marcou a sua estreia em leilões, na terça-feira, pertencia ao famoso banqueiro David Rockefeller, de 91 anos, e estava pendurada no seu escritório de Manhattan, em Nova Iorque, desde que fora adquirida, em 1960, por 6270 euros. Segundo a Imprensa nova-iorquina, o influente banqueiro desfez-se da pintura pelo facto de ser a mais apreciada da sua colecção. O dinheiro arrecadado reverterá, agora, para obras de caridade.
OUTROS RECORDES
Entre as obras de outros artistas que, neste leilão, superaram também as suas marcas, destaque ainda para ‘Estudo do Papa Inocêncio X’, de Francis Bacon (38,8 milhões de euros) e para o auto-retrato de Jean-Michel Basquiat (10,7 milhões de euros).
Duas marcas muito aquém do anterior recorde, detido por uma pintura de Willem Kooning, o mestre do expressionismo abstracto, ao superar os 27 milhões de dólares (19,1 milhões de euros).
Quanto à obra rainha da arte contemporânea, ‘Centro Branco’, apenas não fica registada nos anais da História como a obra recordista em termos absolutos porque, em finais do ano passado, um quadro de Jackson Pollock foi vendido pela extraordinária quantida de 140 milhões de dólares (103,2 milhões de euros), através de um negócio privado.
Como diz Tobias Meyer, que conduziu o leilão: “Cada grande artista tem uma obra pela qual é reconhecido. No caso de Rothko, é esta!”
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