A primeira eleição de Rui Rio para presidente do PSD, em 2018, terá beneficiado do pagamento de dezenas de quotas, segundo provas apresentadas por militantes e às quais o
CM teve acesso.
Uma prática que Rio tem condenado e que ditou a alteração das regras de voto.
No dia 31 de outubro de 2017, terão sido "pagas quotas em massa" em Gaia, no valor de 1500 euros para "ajudar a eleger Rui Rio", por indicação do então vice-presidente da concelhia do PSD, Nuno Mota Soares, revela a denúncia.
O também mandatário local de Rio terá depois efetuado o reembolso aos militantes por transferência bancária.
Confrontado pelo
CM, Nuno Mota Soares, atualmente membro do conselho nacional do PSD, não quis comentar, dizendo só que "é um absurdo julgar que se compra votos através do pagamento de quotas". E adiantou que vê como positiva a alteração recente das normas.
Em março de 2019, o PSD apertou as regras, considerando apenas as quotas pagas pelo próprio militante através de uma referência multibanco aleatória e válida por 90 dias.
As mudanças levaram a uma redução do universo de votantes nas diretas deste ano, cuja segunda volta é disputada este sábado, entre Rui Rio e Luís Montenegro.
Polémica em Freixo de Espada à CintaEm Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, 25 militantes terão pedido ao mandatário local de Rui Rio para votar por eles, na primeira volta das diretas do PSD, avançou o ‘Observador’.
Luís Montenegro já pediu a abertura de um inquérito ao Conselho de Jurisdição e a impugnação dos resultados eleitorais na secção se se confirmarem as suspeitas.
Rui Rio reagiu: "Quando não se tem grande estofo procura-se fazer política de casos e isso leva o adversário a responder (...), leva o debate à lama".