Partido Socialista venceu as eleições. António Costa conseguiu mais votos do que em 2015 e alargou o grupo parlamentar. Mas as contas para os parceiros da geringonça não são tão agradáveis.
O Bloco manteve o número de deputados e consolidou a posição de terceiro maior partido, mas nos votos expressos sofreu um amargo de boca: menos 57 391 eleitores. Pior ficou a CDU, perdeu 5 deputados e 115 838 eleitores.
Feitas as contas, os dois aliados do PS perderam 173 229 votos, como o partido de Costa captou mais 124 395, o saldo final para as contas da geringonça são menos 48 834 votos. Mesmo assim, em deputados eleitos, os partidos da esquerda reforçaram o seu peso no Parlamento e em conjunto PS, Bloco, PCP e PEV têm 60% dos deputados eleitos.
Mas se o saldo da geringonça em votos regista um decréscimo, na direita a erosão é avassaladora. PSD e CDS perdem 436 702 votos face a 2015, ano em que concorreram coligados no continente e separados nas regiões autónomas.
O PAN foi outro dos vencedores. Multiplica por quatro a sua presença no Parlamento, conquistando mais 92 mil votos face a 2015.
Chega, Iniciativa Liberal e Livre foram a novidade da noite eleitoral. Ganham votos e alargam o leque parlamentar, que poderia ainda ser maior se os votos brancos e nulos não fossem tão expressivos. 4,28% é a soma de votos brancos e nulos. 218 mil eleitores, que são mais do que os votantes do CDS.