O Supremo Tribunal indonésio absolveu esta sexta-feira o líder da milícia integracionista Aitarak, formada em 1999, Eurico Guterres, condenado, em 2002, a dez anos de prisão pelo envolvimento na violência contra apoiantes da independência timorense.
O ex-líder de milícias pró-indonésias Eurico Guterres responsabilizou os governos de Portugal e da Indonésia, bem como a ONU, pelos incidentes ocorridos em Timor-Leste em 1999, por terem permitido o referendo da independência sem garantir condições de segurança.
Eurico Guterres, antigo líder da milícia pró-indonésia Aitarak, começou ontem a cumprir a pena de dez anos de prisão a que foi condenado por violações dos direitos humanos em Timor durante o período que antecedeu a independência.
O Bispo Resignatário de Díli, D. Ximenes Belo, admitiu que a proclamação unilateral da independência de Timor, em 1975, foi “uma utopia e um ideal” que não tinha correspondência no terreno.
Timor-Leste assinala esta segunda-feira o 30.º aniversário da proclamação unilateral da independência. O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, defendeu em Díli a opção do Governo pela economia de mercado para incentivar o investimento externo no país.
Um tribunal de apelação indonésio anulou as penas de prisão de quatro oficiais das forças de segurança considerados culpados de crimes contra a humanidade nos tumultos de Timor-Leste, em 1999.
Um oficial de alta patente indonésio foi hoje condenado a cinco anos de prisão por um tribunal especial de Jacarta, por crimes cometidos contra a Humanidade, depois de os juízes darem como provado que ele não fez nada para impedir os massacres ocorridos em Timor-Leste em 1999.
Os crimes cometidos, em 1999, em Timor-Leste, pela polícia Indonésia e pelas milícias vão ser finalmente julgados. Depois do comandante geral das Forças Armadas indonésio, General Wiranto ter sido formalmente acusado, é a vez do ex-comandante da polícia de Timor –Leste, general Timbul, e os comandantes das milícias Aitarak e Mahid, Eurico Guterres e Câncio Lopes de Carvalho respectivamente.
Um tribunal especial em Jacarta absolveu hoje um coronel militar indonésio de acusações de crimes contra a Humanidade relativos à onda de violência que varreu Timor-Leste, em 1999, no rescaldo do referendo à independência.
O Tribunal Especial dos Direitos Humanos da Indonésia condenou ontem Eurico Guterres, o ex-líder da milícia pró-integracionista timorense, a 10 anos de prisão por abusos cometidos em 1999. Sem remorsos, o arguido afirmou ter sido traído pelas autoridades de Jacarta e anunciou que vai recorrer da sentença, pelo que vai ficar em liberdade.