O ataque ocorreu no dia 31 de dezembro. As duas crianças desaparecidas, de 11 e 13 anos, estavam a tomar banho e o ferido, de 14 anos, estava a lavar roupa ao longo do rio, disse Miguel Caetano, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, durante uma conferência de imprensa, na segunda-feira.
A vítima que sofreu ferimentos teve dois dedos da mão esquerda arrancados pelo crocodilo, avançou a polícia.
"A criança hospitalizada foi imediatamente levada por populares para um hospital local, onde está a receber tratamento", referiu Miguel Caetano.
Os incidentes com animais selvagens são comuns nas zonas rurais e as margens de rios acarretam um risco acrescido.
Em 2020, um total de 97 moçambicanos morreram e 66 ficaram feridos só em ataques registados (outros não chegam a ser reportados) de animais selvagens, a maioria por crocodilos, segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Os crocodilos atacam sobretudo nas províncias de Tete e Zambézia e foram responsáveis por 76 óbitos, equivalente a três quartos das mortes.
De acordo com o organismo, os crocodilos mataram mais pessoas em fevereiro, janeiro e dezembro, meses da estação das chuvas, que em Moçambique decorre de outubro a março.
Nestes meses, o caudal dos rios sobe e faz com que várias zonas agrícolas e de habitação fiquem inundadas, aumentando os riscos para quem ali vive.