"A campanha lançada pelas Nações Unidas sublinha que as estradas onde os carros andam devagar salvam vidas e garantem que as estradas são seguras, saudáveis e verdes", lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira, no final de um 'workshop' da UNECA realizado para validar o Plano de Ação para a Segurança das Estradas Africanas.
A sexta Semana Global da ONU para a Segurança Rodoviária está a defender que os decisores políticos devem agir para diminuir a velocidade nas estradas para 30 quilómetros por hora, considerando que essa limitação "protege todos os que usam a estrada, mas especialmente os mais vulneráveis, como os peões, ciclistas, crianças, pessoas mais velhas e pessoas com deficiências, prevenindo as mortes por acidentes de tráfego e promovendo a atividade física".
Além da promoção da segurança, a UNECA vinca ainda que a redução da velocidade máxima par 30 quilómetros, cerca de 20 milhas, "é vital nos esforço de evolução para uma mobilidade com carbono zero, redução da dependência dos carros e para as emissões nocivas de veículos que contribuem para a mudança climática".
A segurança rodoviária continua a ser "um grande desafio em África, onde o risco de sofrer uma lesão num acidente rodoviário é de 26,6 por 100 mil, o que compara com 17 na Ásia e 9,3 na Europa, diz a UNECA, apontando que no Uganda as mortes por acidente na estrada subiram de 2.597 para 3.503 entre 2007 e 2016, o que representa uma subida de 25,9%, ou seja, dez pessoas morrem diariamente em acidentes nas estradas.