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Soldados franceses retidos na Guiné Equatorial soltos após pedido de desculpa francês

Os seis homens estavam a ser acusados de espionagem pelas autoridades locais.
Lusa 31 de Julho de 2021 às 13:57
Guié Equatorial
Guié Equatorial FOTO: Getty Images
Os seis soldados franceses detidos num aeroporto da Guiné Equatorial desde quinta-feira, acusados de espionagem pelas autoridades locais, foram este sábado autorizados a partir, depois de Paris ter pedido desculpa pelo incidente.

Um porta-voz do pessoal militar francês confirmou que os soldados estavam autorizados a deixar a Guiné Equatorial, o que já fizeram, e pôr fim ao incidente que começou depois de um helicóptero militar francês ter aterrado para reabastecer no aeródromo de Bata, capital do território continental da antiga colónia espanhola.

De acordo com a estação de rádio RFI, o embaixador francês em Malabo, Olivier Brochenin, pediu desculpa pelo incidente e admitiu dois erros técnicos.

Em particular, assinalou que a França, que tem uma autorização anual para voar no espaço aéreo equatoguineano, não notificou a aeronave com 72 horas de antecedência da sua aterragem, tal como estipulado no acordo entre os dois países.

Além disso, o helicóptero que fez a viagem não foi o registado nos acordos, segundo o embaixador, uma vez que um incidente técnico levou a que este tivesse de ser trocado no último minuto.

"Como embaixador, gostaria de pedir desculpa ao governo e às autoridades da Guiné Equatorial se estes erros causaram mal-entendidos", disse Brochenin.

Desta forma terminou um incidente que ocorreu um dia depois de a magistratura francesa ter confirmado a condenação por branqueamento de capitais do número dois do regime da Guiné Equatorial, "Teodorin" Obiang, filho do Presidente Teodoro Obiang, que detém o poder no país africano desde 1979.

O helicóptero, que voava da base camaronesa de Douala para a base gabonesa de Libreville, teve de parar em Bata para reabastecer, onde foi detido, acusado por Malabo de espionagem e de ter violado o espaço aéreo do país.

O próprio "Teodorin" acusou a França no Twitter de querer desestabilizar o seu país com este tipo de ações

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