Um relatório compartilhado pela Comissão Parlamentar de Inquérito com senadores na segunda-feira propõe indicar o presidente brasileiro Jair Bolsonaro por 12 crimes, entres eles o de homicídio pela gestão da pandemia, nomeadamente pela demora a comprar vacinas contra a Covid-19.
Renan Calheiros, senador e principal autor do relatório, diz que "muitas das mortes eram evitáveis" e que está "convencido" de que Bolsonaro é "responsável por amplificar o massacre" com a má gestão da pandemia no Brasil.
A Globo avança ainda que no relatório está escrito que também participaram do suposto delito o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ex-secretário-executivo da pasta, Élcio Franco.
Bolsonaro é ainda acusado de "crimes contra a humanidade" e genocídio da população indígena na Amazónia, onde milhares de pessoas morreram durante meses depois de os hospitais ficarem sem reservas de oxigénio.
No relatório recomenda-se ainda que os três filhos do presidente e vários antigos funcionários do governo federal sejam acusados de crimes relacionados com a pandemia de Covid-19.
Recorde-se que, na passada sexta-feira, Jair Bolsonaro, ironizou com uma possível acusação de homicídio feita contra si pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga alegadas falhas e omissões do executivo na gestão da pandemia.