O Ministério Público e o Departamento de Proteção ao Consumidor e Trabalhador daquele Estado norte-americano chegaram a um acordo com as empresas, a Intergen Health e Amazing Home Care Services, para indemnizar os funcionários a quem "negaram um salário justo durante anos".
A procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, salientou em comunicado o trabalho na "linha da frente" dos auxiliares de saúde domiciliária e descreveu o acordo como um dos maiores alcançados até esta quarta-feira.
"Que sirva de alerta a todos os patrões: práticas de exploração e trabalho ilegal não serão toleradas em Nova Iorque", garantiu, citada pela agência EFE.
No Estado de Nova Iorque, que foi o epicentro da pandemia de covid-19 na primavera de 2020, trabalham cerca de 200 mil cuidadores domiciliários, dos quais mais de 60% são imigrantes e mais de 90% mulheres.
Estes trabalhadores raramente recebem o salário mínimo e quase um quinto vive abaixo do limiar da pobreza.
No caso destas duas empresas, o Ministério Público determinou, após investigação, que muitos trabalhadores não receberam, entre outras coisas, pelas horas extra prestadas ou pelos turnos de 24 horas.
E ainda que não foram garantidas as pausas para comer ou dormir, ou o tempo de deslocação entre as casas dos pacientes.
Além disso, ficou provado que alguns funcionários foram demitidos ilegalmente por tirarem uma licença por doença remunerada, acrescenta o comunicado.
O acordo prevê a implementação de novas políticas de prevenção a futuras violações dos diretos e a fiscalização das autoridades.
O Ministério Público criou também uma plataforma para que atuais ou antigos empregados das duas empresas saibam se podem reclamar indemnizações.