O moçambicano foi detido em flagrante no sábado, quando, junto de outras cinco pessoas de nacionalidade tanzaniana, que fugiram, descarregava a droga na costa do distrito de Nacala Porto, disse Enina Tsinine, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).
"Ele foi detido em flagrante delito. Estava do lado do continente a guarnecer a droga", 61 quilos de heroína e cinco de metanfetamina, explicou a porta-voz.
Segundo o Sernic, os outros membros do grupo fugiram quando se aperceberam da presença da polícia, alguns por terra e outros pelo mar, através da embarcação e, porque era madrugada, a polícia não os conseguiu localizar.
Mais tarde "a polícia costeira fez o patrulhamento para ver se encontrava algum vestígio da embarcação", mas sem "nenhum sucesso", referiu a porta-voz, acrescentando que se suspeita que a droga seja proveniente da Tanzânia.
De acordo com as autoridades, fontes que vivem nas proximidades da costa denunciaram um movimento estranho na região, o que colocou a polícia em alerta.
As fontes diziam haver estranhos que procuravam casas para arrendar e, às vezes, "outros chegavam por via marítima e descarregavam mercadorias que supostamente seguiam para Maputo", contou Enina Tsinine.
"O homem que detivemos confessou que já vinha fazendo este negócio há um tempo", referiu a porta-voz.
As autoridades suspeitam que se trata de uma rede de tráfico de droga, avançando que decorrem investigações.
Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor para o tráfico internacional de estupefacientes.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime Organizado (UNODC), as autoridades do Quénia e Tanzânia, países a norte de Moçambique aumentaram a vigilância nos últimos anos, empurrando os traficantes para sul, em direção à costa moçambicana, "em busca de novas rotas e novos mercados".