Os dois tripulantes de uma nave espacial russa Soyuz escaparam ontem ilesos a uma avaria que provocou a queda do veículo espacial na fase final do lançamento de Baikonur, no Cazaquistão. A avaria terá acontecido quando o propulsor principal do foguetão largava o andar inferior.
O russo Alexei Ovchinin e o norte-americano Nick Hague tripulavam uma missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS) quando se deu a avaria. A NASA seguia o lançamento e deu conta da anomalia 90 segundos após o lançamento.
A agência espacial norte-americana disse que a nave espacial tinha iniciado "uma descida balística", que submeteu os tripulantes a uma pressão muitas vezes superior à força da gravidade. A velocidade da descida foi abrandada pelos paraquedas usados habitualmente pelas naves Soyuz no regresso à Terra. Isso ajuda a explicar o facto de os tripulantes não terem ficado feridos. Pouco depois do acidente foram resgatados e levados para uma cidade próxima, onde foram submetidos a exames médicos.
"Os serviços de resgate funcionaram desde o primeiro segundo", escreveu no Twitter Dmitry Rogozin, diretor da Roscosmos, agência espacial russa, elogiando o bom funcionamento "dos sistemas de emergência" da nave, que permitiram salvar a vida dos dois ocupantes.
Abastecimento da ISS comprometido O acidente desta quinta-feira levou à suspensão de todas as missões russas, o que significa que a ISS não receberá o abastecimento previsto e ficará também sem o agendado para o próximo dia 31. Apesar disso, fontes russas garantem que os três ocupantes da ISS têm mantimentos até abril, altura em que os EUA poderão enviar a primeira missão numa SpaceX, da empresa espacial do magnata Elon Musk.