Rakhmat Akilov, o principal suspeito do atentado que matou quatro pessoas e feriu outras 15 em Estocolmo, admitiu ter cometido um "crime terrorista", adiantou o seu advogado no primeiro interrogatório em tribunal, esta terça-feira.
"Ele admite ter cometido um crime terrorista e aceita que tem de ser detido", diz Johan Eriksson, que representa legalmente o homem de 39 anos do Uzebequistão.
No entretanto, as autoridades suecas anunciaram que iam libertar o segundo suspeito do atentado. "As nossas suspeições estão mais fracas e, logo, deixamos de ter provas para manter a ordem de detenção", foi dito em comunicado. O homem deverá ser expulso da Suécia.
Quanto a Akilov, recorde-se que este anunciou na véspera do ataque a sua intenção de o realizar num "chat" de simpatizantes do Daesh.
Segundo o 'site' russo Politonline, o terrorista comunicou com outros radicais antes e depois da realização do atentado, através do serviço de mensagens encriptadas Telegram.
O Politonline publicou extratos das conversas, que indicam que o uzbeque anunciou a sua intenção de roubar um "veículo grande" para usar como arma.
"Amanhã à tarde quero encontrar um veículo grande para atropelar gente", escreveu na quinta-feira no "chat", que, segundo a agência noticiosa espanhola EFE, é frequentado sobretudo por tajiques que simpatizam com o Daesh.
O homem pergunta também "como fazer uma bomba" e diz que já tem "fósforos, acetona, isqueiros e parafusos".
A conversa continua na sexta-feira, horas depois do atentado numa rua pedonal da capital sueca, que causou também 15 feridos, nove dos quais continuam hospitalizados, sendo que dois se encontram nos cuidados intensivos.
À pergunta de "como estás", o uzbeque responde: "mal, atropelei uns quantos no centro de Estocolmo, o carro deu uma guinada".
Diz que gravou um vídeo do ataque e que está no aeroporto, pretendendo "escapar" da Suécia, pedindo-lhe o interlocutor para divulgar as imagens no "chat".
Apesar de, segundo estas mensagens, se encontrar no aeroporto, o uzbeque foi detido na sexta-feira numa loja num subúrbio de Marsta, segundo o diário sueco Aftonbladet.