Descontando a histórica bengala comunista da CDU, as Legislativas não vão ter coligações.
Tem lógica a opção do PSD de ir sozinho a votos. Fazer listas conjuntas seria, na prática, uma ajuda ao CDS, e também um desperdício de lugares aos olhos dos militantes sociais-democratas.
O CDS não parece capaz de fugir à irrelevância. A guerra intestina dilacerou o partido e o líder confirmou a falta de dimensão. Os centristas poderão reduzir-se a não mais que uma mão cheia de deputados.
E, assim, o Conselho Nacional do PSD deu-nos três notícias principais: o partido une-se em redor de Rio, porque o poder parece possível; o CDS fica mais perto da extinção; e a direita terá a 30 de janeiro uma eleição clarificadora. Todos os partidos vão saber qual a verdadeira representatividade na sociedade portuguesa.