Já na véspera, na entrevista à
CMTV, Jerónimo de Sousa apareceu com ar cansado. A tranquilidade do discurso poderia perfeitamente ser levada à conta do tom pausado que utiliza quando defende com maior firmeza as suas convicções. Mas afinal não era só isso. A interrupção da campanha eleitoral do secretário-geral do PCP devido à urgência de uma operação às carótidas mostra como o imprevisto governa a vida, e a política também.
Jerónimo de Sousa explicou a situação com aquele ar reservado que vem da sua personalidade, mas também da ideologia que enquadra o indivíduo no coletivo. Sai inesperadamente da campanha o homem que desafiou Costa para a geringonça, e que a generalidade dos adversários respeita. O PCP passa a ter dois rostos até às eleições. Veremos as implicações desse facto.
Hoje, ficam os votos sinceros de que tudo corra bem.