No fundo, existia uma espécie de soviete de Setúbal. Os alertas circulavam pelas mais altas instâncias do Estado, e ninguém parece ter valorizado devidamente a imoralidade e o perigo da situação.
A incrível e triste história da câmara do PCP que colocou cidadãos russos a receber refugiados ucranianos tem uma moral simples, e que ontem o secretário-geral do sistema de segurança interna descreveu muito bem no Parlamento.
Então passa pela cabeça de alguém colocar cidadãos de um país que invade a receber refugiados do país invadido? Um absurdo que mancha gravemente a reputação da cidade de Setúbal. Mais do que para restaurar a normalidade democrática, a queda da câmara é um imperativo categórico para devolver a paz de espírito a todos os setubalenses incomodados com esta situação.
É uma questão de decência.