Vêm as lágrimas aos olhos quando passam as imagens do atirador fugidio, cruel, velhaco, e logo a seguir aparecem as fotos dos meninos e das meninas que ali tombaram, naquela sala de aula trancada à força, pelo ódio e pelo desamor, e sabemos que a chacina saiu à rua.
A fealdade dos massacres resulta da facilidade com que um americano obtém um arsenal, como ontem mesmo vimos na CMTV, através da reportagem, datada mas intemporal, do diretor-executivo da ‘Sábado’, Nuno Tiago Pinto. Armas vendidas em lojas que são hipermercados da morte.
Pois bem. Há uma diferença abissal entre um massacre diabólico e o diabólico plano de um massacre. Mas há matérias em que não é possível hesitar, porque o risco de erro redunda em morte e desespero.
Criticar a polícia quando captura um jovem que planeia um massacre é um jogo eticamente muito arriscado.