É impossível ficar indiferente à quantidade anormalmente alta de acidentes e de vítimas mortais que se tem vindo a registar nas estradas portuguesas.
Os anos de pandemia criaram uma impressão errada. A estatística das mortes ao volante foi afetada pela redução drástica de tráfego, e distorceu a perceção da realidade. Agora, somos surpreendidos pela sucessão de acontecimentos trágicos. A prevenção rodoviária foi uma das vítimas das alterações profundas dos ciclos sociais, provocadas pela pandemia.
Descurámos o tema, reduzindo-o praticamente à instalação de radares nas vias mais movimentadas das grandes cidades.
Na verdade, confundimos a caça à multa com a prevenção rodoviária.
Chegou a hora de combater esta tragédia, e voltarmos a olhar para o problema com as velhas, mas eficazes, armas da pedagogia.