A ideia de construir um gasoduto a partir de Portugal para levar energia até ao centro da Europa deve ser levada a sério. O tema foi lançado pelo chanceler alemão e prontamente apoiado por Costa. Transformar Sines na porta de entrada de gás e levá-lo até Espanha, França e Alemanha teria inúmeras vantagens. Acima de tudo, reduziria a dependência energética da Europa, torneando por mar a tenaz com que Moscovo ameaça já este inverno europeu. No início da guerra, um especialista calculava na CMTV que essa solução levaria três anos a construir. Nessa altura, porém, tratava-se de mera teoria. A vontade política de Berlim pode apressar tudo. Portugal tem muito a ganhar. O apoio do primeiro-ministro é compreensível. Mas para a Europa, seria um passo fundamental rumo à autonomia energética. Uma daquelas obras que marcariam uma geração.