Dizia Albert Einstein que só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, e que só quanto à primeira não tinha ainda a certeza absoluta. Eu acrescentaria que a estupidez é como a morte, não podem ser vencidas, pelo que brincar com ambas é o que nos resta.
Num ‘Preço Certo’ desta semana vi o que julgava impossível: Fernando Mendes a sair do sério e a convidar um espectador, que o insultara numa rede social, a procurá-lo na RTP e a repetir a graça ‘olhos nos olhos’. E tudo porque o caramelo pretendia saber para onde iam os presentes que os concorrentes oferecem ao apresentador e à sua equipa, insinuando uma apropriação ilícita, como se o concurso fosse o Estado e os bolos, as garrafas de vinho ou o artesanato adquiridos com dinheiro dos impostos. Dos contribuintes, só chegam ao ‘Preço Certo’ inutilidades como bandeirolas e galhardetes das autarquias, um esbanjamento que já aqui denunciei.
Sem ter de o fazer, Fernando Mendes explicou o destino das ofertas, que são distribuídas pelas dezenas de colaboradores a quem foram de facto dadas e também por instituições de solidariedade social. O burro não deve ter gostado – a mesquinhez não quer ser esclarecida, quer apenas chafurdar.