Há um coro a perorar sobre a surpresa que foi o acordo de aproximação de Rui Rio ao Chega, de André Ventura, para a tomada do poder nos Açores. O espanto é legítimo, mas só assombra quem não conhece ou nunca sentiu na pele os ímpetos autoritários do líder social-democrata. São os mesmos espantados que, há uns anos, longe do Porto que foi feudo de Rio, se deixavam inebriar pelo então autarca da Invicta e pela sua propalada política de austeridade financeira que estaria a equilibrar as contas da autarquia.