Não conheço ninguém que tenha sucesso na vida sem trabalho árduo e dedicação à causa. Podia dar muitos e bons exemplos disto mesmo, de amigos ou meros conhecidos, mas para não ferir suscetibilidades, refiro apenas duas figuras públicas de aceitação generalizada: o atual Presidente da República e o melhor jogador de futebol da atualidade.
Ambos portugueses de nomeada que não regateiam esforços para atingir os seus objetivos. E por isso percebo a justeza do reconhecimento desse esforço, seja qual for o campo de atuação e o tipo de reconhecimento, de acordo com os critérios e os padrões de normalidade da sociedade em que nos inserimos.
O que tenho dificuldade em perceber são certos monopólios de serviços e fornecimentos que a democracia portuguesa persiste em conservar para ali compensar a carreira normalmente política de alguns privilegiados que pelo país pouco fizeram que o justifique e que auferem salários milionários e ostensivamente obscenos para o resto da população, quando no fundo se limitam a fazer apenas o que qualquer um de nós faria no seu lugar: vender aos portugueses serviços e bens a preços elevadíssimos sem qualquer concorrência.
Qual é o mérito disto? Nenhum!