A mensagem de 'Cowspiracy' é forte e urgente.
Esta semana, vi o documentário ambientalista ‘Cowspiracy’. O sucesso mundial, lançado em 2014, que já inspirou muitas pessoas a abdicarem de comer carne. A mim, por enquanto, inspirou a abdicar do tabaco. Felizmente nunca fumei.
O filme apresenta números e argumentos, que indicam que o maior culpado das emissões globais de gases poluentes com efeitos de estufa no nosso planeta é a agro-pecuária. A agricultura animal é apresentada como o grande responsável pela desflorestação do planeta e o maior consumidor de água potável da Terra. É a conspiração das vacas.
Segundo os dados apresentados, mesmo que acabássemos com todos os sistemas de transportes (carros, comboios, aviões, barcos, etc.), não seria o suficiente para reverter os danos de aquecimento global provocados pela criação de animais para a indústria das carnes e lacticínios.
Acontece que há tanto dinheiro envolvido que esta é uma verdade muito inconveniente para se aceitar. Até mesmo para organizações ambientais, sendo que muitas se recusaram a prestar declarações no âmbito deste documentário.
Confesso que dei por mim com um sentimento de culpa ao perceber que faço mais mal ao planeta ao comer um cozido à portuguesa do que a conduzir o meu carro. Tudo por causa das vacas e companhia, que produzem cerca de 150 vezes mais excrementos do que os humanos. O gás metano que libertam para a atmosfera é, literalmente, um problema de m*rda.
O filme, subtilmente (ou não), apela ao veganismo, movimento que por razões éticas exclui da sua alimentação todos os produtos de origem animal, bem como roupas e sapatos de pele e produtos que possam ter sido testados em animais. Os vegetarianos excluem a carne mas podem eventualmente consumir produtos lácteos e ovos.
A mensagem de ‘Cowspiracy’ é forte e urgente, no entanto, levada ao extremo pode fazer com se tenham atitudes radicais. Parece-me bastante utópico que se pense que, da noite para o dia, o planeta deixe de consumir carne e peixe.