O cativante ministro das cativações tem um dom especial. É o responsável por uma colossal carga fiscal, mas consegue ser o mais popular. Talvez a simpatia venha do facto de os portugueses pressentirem que Centeno poderia ter o mesmo papel em qualquer outro executivo, PSD incluído.
Competente nas contas, hábil no discurso, é o travão mais eficaz contra os desvarios da extrema-esquerda, os quais, por vezes, até o primeiro-ministro tolhem.
Ao declarar guerra à dívida e retirar Portugal do lixo, Centeno corporiza a nostalgia do 25 de novembro sentida pelo PS profundo nestes últimos 2 anos. É uma das figuras do ano e tem o futuro a seus pés.