A venda do Novo Banco tem um potencial de instabilidade política superior ao do negócio do salário mínimo, que isolou o governo.
A ideia que está a ser cozinhada entre as autoridades europeias e Lisboa passa por vender o banco apenas parcialmente, e abdicar de qualquer voz ativa na gestão. A síntese certeira feita pelas esquerdas diz que estamos a privatizar a propriedade e a nacionalizar os prejuízos futuros.
O bem é de uns, o mal será, outra vez, de todos. Já à direita, se o tema queima, que seja o PS a arder em lume brando.
Ora, quando fica sozinho, Costa tem de se resignar ao facto de ser minoritário: se, no fim do processo, faltar o apoio político, como será?