A Direção-Geral da Política de Justiça disse que a Justiça Cível anda mais depressa dois meses e refere que não se incluem as ações executivas, as falências, as insolvências e as recuperações de empresa. Isto prova como as estatísticas podem ser manipuladas.
Se selecionar-se cada uma das muitas espécies de ações existentes, ainda se pode dizer que andam mais depressa do que os prolatados dois meses.
Intencionalmente ou não, esqueceram-se de dizer que se retiraram dos tribunais os processos de inventário, a esmagadora maioria dos processos de despejo, entre outros. Apenas mais um pequeno detalhe!
Ainda não se esqueceram as trapalhadas com a reforma judiciária de 2013 e o colapso dos programas informáticos.
Agora pretende-se legislar que as sentenças sejam dadas dentro de um determinado prazo, ou seja transformar a Justiça numa fábrica de enchidos! Só de quem nunca sentenciou a sério! Tal é revelador da falta de coragem em acionar os já existentes mecanismos inspetivos de forma atuante e eficaz, assim como atacar pendências conjunturais com apoio de brigadas suplementares de natureza provisória. Mesmo sendo o ovo de Colombo, sempre é preciso saber e pensar para lá chegar!