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Fernanda Cachão

230 euros em gambas

Quem de entre nós nunca leu, viu ou conheceu quem aproveitasse cargos para dar emprego a familiares?

Fernanda Cachão 12 de Dezembro de 2017 às 00:30
Entre os alegados ilícitos atribuídos à presidente da Raríssimas, o que mais impressiona são as gambas. Os 230 euros gastos em gambas.

Explicamos. Quem de entre nós nunca leu, viu ou conheceu quem aproveitasse cargos para dar emprego a familiares? Quem de entre nós nunca soube doutro que tenha designado para si próprio ordenado opíparo, mesmo que não pague a funcionários e fornecedores?

Quem nunca soube da preferência de presidentes e outros mandantes pela marca BMW, pelas deslocações pagas, pelos cartões de crédito, pelas despesas de representação e pelas ajudas de custo? Quem nunca leu que esses tais pagaram viagens a outros ou arrearam caro o corpo à moda a pretexto do nobre ato de representar o cargo que têm? Mas as gambas, senhores?...

É mais grave o ato de corrupção quando se está à frente de uma associação sem fins lucrativos, que arrecadou 1,5 milhões, mais de metade do Estado, para ajudar doentes?

É, certamente, chocante. Certo é que feitas as contas ao dano de todo e qualquer corrupto poupa-se sempre no marisco porque o mexilhão, que é quem se lixa, é mais barato ao quilo.
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