A inauguração do novo Jardim de Infância e Escola Básica Maria Barroso, bem no coração do centro histórico de Lisboa, é um momento pleno de significado para a cidade. Desde logo porque reforçar a rede pública de educação é um instrumento insubstituível para a promoção da igualdade de oportunidades para todos e para o avanço de uma sociedade digna.
Ao mesmo tempo, reforçar a oferta de equipamentos de qualidade é condição essencial para a sua habitabilidade e repovoamento do centro histórico. Esta zona tem passado por uma transformação profunda. De zona degradada sem vida, passou a um dos centros por excelência de atração turística.
E se ninguém razoavelmente pode aspirar a um regresso ao passado, uma visão com sentido de futuro deve ter por base a multifuncionalidade do centro histórico. Dito de outra forma, é essencial continuar a investir no renascimento do centro como local de residência, trabalho e lazer para todos. A nova escola junta-se à moderna Unidade de Saúde Familiar do Martim Moniz, recentemente aberta e que serve 14 000 pessoas, aos espaços públicos recentemente requalificados, a que se juntarão os parques infantis no renovado Campo das Cebolas ou os primeiros 126 fogos de renda acessível na rua de São Lázaro. É com projetos como estes que se constrói uma cidade em que se quer viver, trabalhar ou visitar.
Mas a inauguração da Escola Maria Barroso, no dia em que comemoraria 92 anos, tem um outro significado profundo. O de prestar tributo a uma personalidade ímpar da nossa vida cívica, política e cultural. Maria Barroso foi a todos os títulos uma portuguesa ímpar. Travou, ao longo de toda a sua vida, antes e depois do 25 de Abril, combates pela liberdade, cultura, educação, solidariedade e dignidade humana. E fê-lo com uma determinação elegante, traço do seu carisma, que a todos marcou.
E se cada um que a conheceu destacará traços próprios da sua vivência, há certamente um que sobressai: o de educadora. Foi durante décadas a alma do Colégio Moderno, escola de referência na cidade e o seu nome ficará de hoje em diante ligado a uma escola pública que se quer de excelência. Esta é, pois, uma homenagem plena de significado: um testemunho de esperança e um ato de confiança no futuro dos mais jovens e de Portugal.
Um domingo decisivoA2ª volta das presidenciais francesas é já domingo. São eleições decisivas para a Europa, pois se de um lado está um candidato que se propõe refundar a União Europeia (UE), do outro está uma candidata que no fundo quer acabar com a UE, e que todos os dias cresce nas sondagens.
Neste momento, a média dos estudos de opinião indica que em cada 10 franceses que vão votar, quatro votam Le Pen. O resultado pode ser ainda pior, dado o elevado nível de mobilização dos seus eleitores. Em 2002, Le Pen (pai) também foi à segunda volta mas não passou dos 20%. Agora, a filha pode duplicar os votos da primeira volta.
Como chegámos aqui? Claramente, a chamada frente republicana, que juntava a direita democrática à esquerda radical contra a extrema-direita, não está a funcionar. Macron é claramente favorito, mas um resultado tão forte da extrema direita mostra um país profundamente dividido, uma legitimação do discurso protecionista e xenófobo e coloca dificuldades à execução do seu ambicioso programa, dependente da maioria que se venha a formar no Parlamento.
Dia do trabalhadorFoi um dia do trabalhador mais risonho do que em anos anteriores: o desemprego já está abaixo dos 10%. A redução deveu-se à criação de emprego e não à desistência ou à emigração. Mas ainda é uma taxa demasiado alta e ainda temos de superar o excesso de precariedade e o défice de qualificação.
Miguel PortasMiguel Portas foi condecorado a título póstumo com a Ordem da Liberdade, atribuída pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por proposta do primeiro-ministro, precisamente no dia do seu aniversário: 1 de maio. Justa homenagem à memória de um homem de convicções e diálogo.
160 anos da ANLLisboa Capital Atlântica faz--se de muitas iniciativas e de muitas instituições. A Associação Naval de Lisboa é uma dessas instituições. No passado sábado terminaram da melhor maneira as celebrações dos seus 160 anos com um grande desfile náutico e com a entrega da Ordem do Infante D. Henrique.
Indie Lisboa arranca com a sua 14ªa ediçãoA força cultural de uma cidade vive da capacidade de gerar novas iniciativas mas também de consolidar marcos no calendário. O Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, conhecido por todos como IndieLisboa, que já vai na sua 14ª edição, é um bom exemplo disso mesmo. Arranca hoje e vai passar por espaços como o renovado Capitólio, com a qualidade de sempre.