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Fernando Sobral

A voz

A Rolling Stone transformou os músicos e vocalistas em estrelas.

Fernando Sobral 11 de Novembro de 2017 às 00:30
A revista "Rolling Stone", quando foi editada pela primeira vez em 1967, mudou para sempre o mundo da música rock. Transformou os músicos, e especialmente os vocalistas, em estrelas. E garantiu-lhes o estatuto de deuses rebeldes na idade de todas as incertezas. Era um período crítico nos Estados Unidos com a guerra do Vietname, os movimentos pelos direitos cívicos, e a libertação dos corpos. E os músicos rock eram as vozes de uma geração. Foi nesse momento que o jovem Jack Wenner e um amante de jazz, Ralph Gleason, decidiram criar uma revista que fosse a voz dos novos tempos. Com dinheiro emprestado, criaram uma revista que queria tratar de forma séria o rock. Chamaram-lhe ‘Rolling Stone’ por causa da canção simbólica de Bob Dylan, mas também da canção de Muddy Waters com o mesmo nome dos anos 50 e, claro, dos Rolling Stones. No primeiro número a capa estava reservada a John Lennon. Nos primeiros números as capas trouxeram os nomes fortes da altura, aqueles com que todos os jovens sonhavam: Tina Turner, The Beatles. Jimi Hendrix, Donovan e Otis Redding, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, John Lennon e Paul McCartney, e Eric Clapton. Tornaram-se ídolos. Nessas páginas também apareceram Mick Jagger e Pete Townshend (dos The Who). Jagger disse que tinha concordado em aparecer porque sabia que não lhe iam perguntar qual era a sua cor favorita, como faziam as revistas da altura. E era isso que fazia efectivamente a diferença. 50 anos depois a ‘Rolling Stone’ ainda ai está. Vai mudar, como o mundo. Mas é uma memória colectiva. 
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