Um dos aspetos marcantes da guerra na Ucrânia, a par da crueldade russa, é a inoperância dos poderes ocidentais.
Palavras de apoio fortes, apoio militar a meias, e sanções insuficientes. Esta tibieza põe em causa a utilidade da NATO para garantir a segurança europeia, a menos que se considere que a Ucrânia é menos Europa por não ser da UE e da NATO.
A Alemanha aprofundou a dependência energética face à Rússia a partir de 2014, quando Putin já se apossara da Crimeia e preparava o mesmo no Leste do país. Merkel foi o rosto dessa aproximação incauta, mas cabe aos sucessores no poder em Berlim remendar com dignidade, apesar dos custos, o que o lucro ditou.