É provável que Olivia De Havilland não desse uma boa Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) em ‘E Tudo o Vento Levou’; mas é uma maravilhosa Melanie Hamilton; o timbre da voz é terno, digno, amável, destinado ao drama (‘Lágrimas de Mãe’, por exemplo). E a sua beleza brilha alto em ‘A Caminho de Santa Fé’, ao lado de Errol Flynn, e em quase todos os filmes de Michael Curtiz e Raoul Walsh – ou interpretando o papel feminino principal de ‘Sonho de uma Noite de Verão’, Hermia (ao lado de Cagney, Mickey Rooney ou Dick Powell), como recompensa pelo grande conhecimento de Shakespeare.
Contracenou com todos os grandes atores do seu tempo, antes e depois dos Óscares que a premiaram; será sempre o lado bom nos filmes mais negros (como John Huston o previu em ‘This is Our Life’). Hoje, Olivia De Havilland festeja 100 anos. Inglesa, nasceu em Tóquio. Um século de beleza.
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Citação do dia:
"Há a dúvida se com mais aulas melhoram os resultados", Paulo Fonte, ontem, no CM